O varejo tradicional está morrendo?
O varejo tradicional vem se reinventando. Sabendo que a inovação é um dos elementos indispensáveis para manter uma empresa competitiva em seu mercado e que ela deve acontecer continuamente para fazer com que o seu negócio não apenas concorra, mas também se destaque dos concorrentes, é preciso estar atento às mudanças e novidades.
Em 2017, com a invenção do novo varejo (New Retail) por Jack Ma, da gigante chinesa Alibaba, um novo comportamento começou a ser estimulado, indicando a morte, ou a reinvenção, do varejo como estamos acostumados.
Além disso, é impossível não considerar as mudanças de comportamento do consumidor, apontadas pelo crescimento do comércio eletrônico ano após ano.
Você já está por dentro dos impactos e mudanças que o setor está passando e como começar a implementar o futuro do varejo, que já é presente, em sua empresa?
O comércio eletrônico e os reflexos no varejo tradicional
Estamos cada dia mais digitais. Isso é refletido tanto na operação do negócio, com o uso de tecnologias que favorecem a redução de custos, a otimização de processos, o ganho de agilidade e a minimização das falhas nas rotinas; quanto no nosso comportamento de consumo, seja de informação ou de produtos e serviços.
Segundo o IBGE, a quantidade de brasileiros com acesso à internet em domicilio, no ano de 2018, já somava mais de 70% da população. Em acessos somente pelo celular, esse número corresponde a 59,1 milhões de brasileiros.
Esses dados demonstram como o comportamento de consumo no varejo vem sendo impactado. Para se ter uma ideia, enquanto o varejo tradicional cresceu 2,3%, o e-commerce apontou uma taxa de crescimento de 15% no ano de 2018 – segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).
Para 2019, um ano cercado de incertezas devido às mudanças políticas, é esperado um crescimento de 5,2% no mercado, conforme projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Contudo, como os dados de 2018 demonstram, é preciso estar aberto e adequado à nova forma de consumo para garantir um crescimento igual ou superior para o seu negócio.
Sua loja já possui um canal de vendas on-line para atender à crescente demanda e apoiar o seu negócio no varejo tradicional?
Novo varejo ou New Retail: entenda o que é e seus impactos
Se por um lado o varejo tradicional ainda caminha rumo a digitalização nas vendas para contemplar e atender um novo comportamento de consumo, por outro, ainda precisa considerar as grandes novidades que o novo varejo, ou New Retail, estão trazendo para o mercado.
Com atuações ainda tímidas e concentradas em grandes players, ou empresas que já nasceram com esse DNA, é preciso entender o que é essa nova forma de atuação e quais seus impactos, favorecendo a adequação dos pontos de contato com o consumidor.
O que é o novo varejo
Decisões totalmente tomadas tendo o consumidor como centro das decisões. Integração do on com o offline (O2O) para experiências de compra e até mesmo de atendimento, excluindo práticas comuns ao varejo tradicional – ou as reinventando.
A tecnologia passa a ser primordial e indispensável para essa evolução. Ao ser integrada em todas as etapas do processo, ela favorece tanto os lojistas, que passam a ter mais dados e, assim, informações de seus clientes para a tomada de decisões; quanto os consumidores, que ganham com um atendimento mais personalizado, mais autonomia nas compras e mais facilidades para o relacionamento entre ambos.
Contudo, no que abrange o conceito do novo varejo, segundo seu criador, a fórmula de sucesso compreende não apenas a integração O2O, mas também pontos como:
- Logística;
- Sistemas de pagamento;
- Blockchain;
- Políticas (processos).
Consegue imaginar como esses pontos se interligam a favor das mudanças?
Os desafios para reinvenção do varejo tradicional no Brasil
Apesar da repercussão sobre a morte do varejo tradicional, é preciso olhar por outro ângulo: o da necessidade de reinvenção ou readequação às iniciativas trazidas pelo New Retail de Jack Ma.
Além de entender como os grandes players têm se transformado, para adequar a estruturação, processos e preparar a evolução de sua loja para atender às novas demandas, vale também a atenção às tendências que vem sendo anunciadas com base no que Alibaba, Amazon e outras gigantes têm implementado.
No Brasil, a Amaro traz em seu DNA práticas já embrionárias em sua concepção. C&A e Lojas Renner, por exemplo, visando a adequação às tendências, apresentam diversas inovações nos modelos de suas lojas e nas estratégias de atendimento e pagamento.
Algumas delas, atualmente já em prática e iniciando sua expansão para a reinvenção do varejo tradicional, são:
Atuação omnichanel (multicanal) e no modelo self-service
Atendimento e promoções transbordam o ponto de contato entre consumidor e marca (loja), tornando-se unificadas. Pop-up stores estrategicamente posicionadas permitem a experiência de contato físico do cliente com mercadorias, mas menor atrito com profissionais da loja, que permanecem existindo para resolução de possíveis imprevistos ou necessidades que fujam ao processo de rotina.
Autonomia no fechamento da compra, que pode ser realizada tanto pelo próprio celular do cliente quanto por totens distribuídos no ponto de venda, passa também a ser incorporada e tratada como um diferencial.
Essa autonomia concedida ao consumidor, juntamente aos benefícios gerados em redução de filas, por exemplo, acaba por favorecer a experiência de compra e a satisfação com a marca, potencializando a fidelização.
Atendimento e recomendações totalmente personalizados
Saber exatamente com quem se fala. Preferências, tamanho, histórico de compras e outros dados propiciam o atendimento diferenciado, totalmente segmentado.
No varejo tradicional ou em algumas lojas virtuais, o uso de tecnologias como chatbot e inteligência artificial contribuem para a execução de um atendimento totalmente personalizado - tanto para as tratativas solicitadas pelos clientes quanto para a recomendação de produtos.
Aqui, vale a reflexão de que, ao contrário do varejo tradicional, o New Retail vê a personalização não apenas por atributos de contato. Mas sim pelo relacionamento gerado, utilizando o conhecimento gerado a partir dos dados obtidos sobre determinado consumidor – o que potencializa consideravelmente a possibilidade de compra e o nível de satisfação dele.
Como você pode ver, morte do varejo tradicional é, na verdade, uma oportunidade de reinvenção para uma tratativa mais adequada aos desejos e necessidades dos consumidores nos dias atuais.
Ainda precisamos dar passos longos nessa jornada, mas o importante aqui é que você tenha conhecimento sobre onde estamos e para onde caminhamos. Aproveite para assinar nossa newsletter e ficar por dentro de todas as inovações do mercado!