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Varejo na China: O que a “indústria do mundo” tem a nos ensinar

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Varejo na China: O que a “indústria do mundo” tem a nos ensinar

O Varejo na China é referência quando o assunto é inovação. Disruptivo, tecnológico e centrado no consumidor (customer centric), a previsão é que o país tome o posto de maior varejista do mundo, retomando a concorrência pela posição de maior economia mundial.

No setor, as iniciativas revolucionárias criadas por Jack Ma, CEO da Alibaba, maior empresa varejista do país, são destaque e inspiração para o varejo de todo o mundo, tendo muito a nos ensinar.

O varejo na china e o comportamento do consumidor local

Com uma população superior a 1,386 bilhão de pessoas na China, menos da metade respondiam a um consumo frequente em 2018, o que aponta um enorme potencial de crescimento do mercado nacional.

Conforme divulgado pela eMarketer no início do ano de 2019, é previsto no estudo “Retail & Ecommerce Sales – China” um faturamento acima de 5,6 trilhões de dólares no varejo  chinês ao final deste ano.

Caso confirmadas as expectativas, a China passa a assumir o posto de maior economia mundial, à frente, inclusive, dos Estados Unidos da América (EUA) – atual potência mundial de consumo.

Um outro indício que demonstra o potencial de crescimento da “indústria do mundo” é o crescente número de pessoas que passaram a utilizar smartphones, responsável por boa parte do consumo no país. Ao final de 2018, segundo dados divulgados pelo império Alibaba, esse número chegou à marca de 699 milhões de usuários.

A estimativa divulgada no relatório da eMarketer ainda aponta abertura de vantagem do mercado chinês frente aos EUA até 2022, e é justamente por isso que agora, mais do que nunca, temos muito o que apender com o varejo na china.

O Novo Varejo (new retail) de Ma

O trabalho para transformar a china na “indústria do mundo” não é algo recente ou pontual. Ele teve início desde a abertura econômica do país, em 1978, sucedida pela centralização e promoção da abertura da economia local para a iniciativa privada, simultaneamente, por Mao Tsé-Tung.

No processo evolutivo econômico, chegamos à situação atual, onde Jack Ma vem se estabelecendo como propulsor da inovação e do progresso varejista por meio de sua empresa, a Alibaba.

Foi ele quem criou o conceito do Novo Varejo (New retail) e vem ditando tendência para todo o mundo, reinventando e redefinindo o varejo tradicional ainda em 2016.

Naquele ano, Ma anunciou aos acionistas da empresa que o caminho do e-commerce, como então conhecido, não era suficiente. Por isso, seria substituído pelo conceito de Novo Varejo na China, que se dá integrando mecanismos on e off-line, logística e, claro, muitos dados!

A exemplo do que o CEO da Alibaba queria demonstrar, uma das empresas do grupo, a rede Hema Xiansheng: o supermercado do futuro que atua no presente com mais de 46 lojas e prevê a expansão de outas 2 mil até 2023.

Dentre as inovações propostas na rede, que vão de encontro ao Novo Varejo de Ma, destacam-se:

    • Entregas em até 30 minutos gratuitas, para quem está até 3km do estabelecimento;
    • Pagamentos por reconhecimento facial;
    • Experiência de compra agradável e simplificada;
    • Retirada e consumo no local;
    • Informações detalhadas do produto na loja ou por smartphones através da leitura de código de barras, fornecendo dados como origem do produto, empresa produtora, tabela nutricional e até mesmo dicas culinárias;
    • Registro de compras e preferências pelo APP da loja, gerando página de produtos personalizada conforme histórico de compras;
    • Produtos frescos para consumo, incluindo frutos do mar, que aumentam o grau de complexidade da operação e vem sendo aplicada com sucesso;
    • Ponto de alimentação local com uma seção que comporta cerca de 100 pessoas que preferem consumir no estabelecimento;
    • Estoque da loja adaptado ao histórico de consumo dos clientes, tornando o processo de compras mais eficiente e com menor desperdício;
    • Precificação on e off-line sincronizada por etiquetas eletrônicas;
    • Funcionários alocados por sessão, tornando-se especialistas no setor de consumo e tendo maior controle para mudanças rápidas;
    • Estrutura de entregas similar a uma linha de produção, onde cada seção dispõe de sua parte no pedido total sendo conduzidas à embalagem final por sacos presos a cinturões no teto da loja;
    • Objetivo de experimentação dos produtos para pedidos em maior escala on-line;
    • Contactless no pagamento: sem caixas, o pagamento é realizado pelo Alipay, meio de pagamento do grupo Alibaba. Pagamentos em espécie são direcionados para um local específico.

 

Antes de se tornar uma grande rede de supermercados para o varejo na china, a ideia é determinar um modelo que se torne referência para outras operações do setor varejista.

O Hema é visto como um protótipo para o grupo Alibaba, sendo um experimento para delinear o modelo do varejo do futuro proposto por Ma no Novo Varejo. Especula-se, inclusive, que esse seja o caminho que a Amazon pretende tomar com a Whole Foods, sua aposta no varejo alimentício.

O que a indústria do mundo tem a nos ensinar

A essa altura é bem possível que você já tenha noção de tudo o que a proposta do Novo Varejo tem a nos ensinar – principalmente após a lista de inovações trazidas no exemplo do Hema, certo?

Vale o reforço de alguns pontos de destaque para entender que o varejo na China eleva o parâmetro de inovação, mas é a visão sobre esses pontos e a adaptação à realidade do mercado nacional que farão a diferença. Afinal, o comportamento de consumo lá e aqui podem ser diferentes ou estar em estágios distintos, no momento:

Foco no consumidor

O varejo na china ganha destaque por ter todas as suas ações voltadas aos consumidores, colocando-os no centro da estratégia. A intenção é gerar comodidade e facilidade, descomplicando rotinas.

Experiência de consumo

A tecnologia vem como apoio para inovar as experiências de consumo. A relação do cliente com os produtos e sua experimentação, bem como a agilidade e facilidade gerada em todas as etapas de compra: da escolha ao pagamento, passando pela logística.

Personalização e segmentação por dados

O entendimento sobre a importância dos dados e sua mineração para proporcionar mais personalização, segmentação e, consequentemente, aumento nas vendas e redução de custos operacionais com a inteligência obtida por meio deles.

Aproveite para saber mais sobre a polêmica da morte do varejo tradicional em nosso blog e descubra mais sobre como o varejo na China está revolucionando todo o mundo!

Com sede em Caxias do Sul – RS e escritório em São Paulo – SP, a NL atende a clientes de todo o país. A carteira soma mais de 25 mil usuários em mais de 9 mil PDVs ativos, com cerca de 180 mil NFs geradas mensalmente, e inclui nomes como Lojas Marisa, Grupo Grazziotin, Flavio’s, Top Internacional, Pittol e Sodexo, entre diversos outros cases de sucesso.

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