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Sustentabilidade: tendências de consumo que impactam no varejo

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Sustentabilidade: tendências de consumo que impactam no varejo

A sustentabilidade é um assunto em evidência ao redor do mundo devido a questões ambientais, sociais e econômicas, que influenciam mudanças nos hábitos e consumo das pessoas.

Segundo estudo realizado pela GfK, 76% dos consumidores concordam que marcas têm a obrigação moral de respeitar o meio-ambiente e o Brasil é o quinto país mais preocupado com a responsabilidade das empresas nesse sentido.

Muitas das pessoas que dão importância ao assunto são jovens, os chamados millennials, nascidos após o início da década de 1980 até 1995 e que, portanto, hoje têm entre 25 a 40 anos. De acordo com pesquisa realizada pelo banco de investimentos do Itaú, esse grupo já representa a maior parte da população brasileira e 50% da força de trabalho, número que deverá crescer.

Até 2030, a estimativa é que os millennials ocupem 70% dos postos de trabalho, o que significa que esses cidadãos serão mais economicamente ativos e, portanto, com seus hábitos de consumo, influenciarão as ações das marcas.

As empresas deverão, assim, investir em novidades tecnológicas e iniciativas de sustentabilidade, seja por meio da comercialização de produtos que respeitem a natureza, seja pela realização de ações benéficas ao ambiente.

Neste artigo compartilhamos algumas tendências de consumo que já estão e deverão continuar impactando o varejo no futuro e exemplos de empresas que estão se adaptando ao cenário. Acompanhe e obtenha alguns insights sobre o que você pode fazer para atender às demandas sociais de sustentabilidade.

Alimentação responsável

De acordo com estudo realizado com mais de 21 mil pessoas em 8.240 lares, a população brasileira está mais preocupada com a saúde e a qualidade alimentos que consomem, preferindo orgânicos (35%). Para esses cidadãos, ter saúde é um dos seus objetivos de vida (74,3%).

Esses dados indicam que a busca por consumo de alimentos de origem responsável, especialmente produtos orgânicos e de fontes vegetais, deve aumentar no futuro.

O número de vegetarianos no Brasil, aliás, dobrou em um período de apenas seis anos, segundo pesquisa realizada pelo IBOPE em 2019, que também indica que o interesse por produtos veganos cresceu e que mais da metade das pessoas entrevistadas disseram que consumiriam esses alimentos se a identificação na embalagem fosse mais fácil, especialmente se o custo fosse igual.

Para varejistas que vendem alimentos, portanto, comercializar produtos de origem vegetal, com indicação na embalagem ou no cardápio, pode ser uma boa maneira de atender às demandas da sociedade por mais sustentabilidade.

Produtos sustentáveis

Uma quantidade muito baixa de resíduos são reciclados no Brasil e no mundo. A reutilização de materiais e a comercialização de produtos mais sustentáveis são, portanto, oportunidades para empresas que querem se destacar no mercado.

A Polo Salvador, por exemplo, confecciona camisas ecológicas para fardamento unindo algodão e garrafas PET. A Euzaria vende uma mochila criada com jeans e tecidos descartados. E a Folk boots produz botas com sobras de tecidos de estofados.

Não é a só a indústria da moda que pode vender produtos mais sustentáveis.  A Johnson & Johnson, por exemplo, criou uma linha de cosméticos de higiene pessoal, com produtos como creme de limpeza, removedor de maquiagem e sabonete, a partir de ingredientes naturais e sem realizar testes em animais.

A marca pratica os mesmos preços dos produtos que na linha tradicional, o que está de acordo com as expectativas do consumidor indicadas na pesquisa do IBOPE.

Redução no uso de embalagens descartáveis

Estima-se que 10 milhões de toneladas de plástico são despejados nos oceanos anualmente e não é de se surpreender com o fato de que os consumidores que se importam com a sustentabilidade busquem maneiras de evitar o consumo do material, seja em produtos ou em suas embalagens.

A mudança de hábito começa na redução ou eliminação do uso de produtos descartáveis, como copos, canudos e sacolas plásticas. Pessoas estão começando a trocar esses itens por produtos reutilizáveis, geralmente produzidos com outros materiais, como ecobags de algodão em visitas a uma feira.

A Johnson & Johnson também buscou atender a essa exigência com a escolha das embalagens da sua linha de cosméticos sustentáveis, que são confeccionadas com cerca de 50% de plástico e 65% de papel reciclados.

Embora as embalagens plásticas chamem mais atenção, outros materiais nocivos ao meio ambiente devem ser evitados.

Dicas para adaptar o seu negócio às tendências da sustentabilidade

Se você é um gestor, deve conhecer os novos hábitos e as tendências de consumo para atender as necessidades e os desejos do consumidor. A sustentabilidade pode, aliás, ser um ótimo valor a ser defendido nas estratégias de posicionamento e marketing da empresa.

Para quem comercializa alimentos, a inserção de produtos de origem vegetal, preferencialmente orgânicos, no cardápio ou catálogo de produtos pode ser um grande diferencial para a empresa.

Além disso, é interessante considerar a possibilidade de fazer parcerias com produtores locais ou criar uma horta, pois, o consumidor também preza pela origem e pelos impactos sócio-ambientais de suas compras.

Outra ideia é comercializar produtos com embalagens ecologicamente corretas, como indica a pesquisa do IBOPE. A Nestlé, por exemplo, já anunciou que pretende utilizar apenas embalagens recicláveis ou reutilizáveis até 2025, portanto, se você vende itens de concorrentes da empresa, pode ser interessante reavaliar o catálogo.

Além de escolher um melhor mix de produtos, no entanto, empresas de varejo podem implementar iniciativas de sustentabilidade em seu negócio.

A IKEA, que atua no comércio de móveis e acessórios para casa, por exemplo, vem investindo na mudança desde 2008, quando deu a opção aos consumidores de comprar uma sacola reutilizável por apenas alguns centavos de dólares — ideia que foi bem aceita por 92% dos clientes.

Outra iniciativa interessante de sustentabilidade é implementar ações de coleta seletiva. A Best Buy, varejista americana de produtos eletrônicos, criou um programa com esse intuito e conseguiu recolher, desde 2009, toneladas de itens para reciclagem.

Lojistas também podem otimizar processos para reduzir o consumo de recursos naturais, como energia e água, o que além de contribuir positivamente para a imagem da marca no mercado, é bom para os resultados financeiros e o planeta.

Um cuidado, no entanto, deve ser tomado por empresas que desejam investir em ações de sustentabilidade para atrair o consumidor. Greenwashing é o termo que as pessoas utilizam para identificar marcas com discurso inconsistente com suas práticas, portanto, é necessário investir em mudanças sérias e verdadeiras.

A sustentabilidade é um tema essencial para a sociedade atual e, portanto, influencia mudanças nas empresas, devido aos novos hábitos de consumo e a preocupação das pessoas com problemas sociais, econômicos e ambientais.

Para varejistas, acompanhar essa tendência pode garantir um diferencial de mercado e, assim, é importante considerar iniciativas, como incluir ou remover produtos do catálogo, evitar o uso de plástico e economizar recursos naturais.

Além de melhorar a imagem, essas adaptações podem atrair consumidores e possibilitar melhores resultados, mas antes de tudo, é preciso evitar o greenwashing.

Você gostou deste conteúdo e gostaria de saber mais sobre o que gerentes de lojas podem esperar do futuro? Então confira nosso artigo sobre tendências tecnológicas para o varejo.

Com sede em Caxias do Sul – RS e escritório em São Paulo – SP, a NL atende a clientes de todo o país. A carteira soma mais de 25 mil usuários em mais de 9 mil PDVs ativos, com cerca de 180 mil NFs geradas mensalmente, e inclui nomes como Lojas Marisa, Grupo Grazziotin, Flavio’s, Top Internacional, Pittol e Sodexo, entre diversos outros cases de sucesso.

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