Futuro da loja física: quais as tendências e o que já é realidade
O varejo está passando por mudanças gigantescas.
Alguns fatores externos, como avanços tecnológicos, aumento da concorrência e as restrições impostas pela pandemia, estão impulsionando mudanças tanto no mundo online como no offline. As preferências e o comportamento dos consumidores também estão mudando rapidamente e pode-se notar, cada vez mais, tendências que moldam o futuro da loja física no varejo.
Se você for proprietário de uma loja, por mais bruscas que sejam essas mudanças, não significa que você deve se desesperar e abandonar a sua loja física. O que você deve fazer é acompanhar as tendências e saber o que deve implementar no seu negócio!
Para isso, acompanhe até o final este artigo que preparamos e confira quais são as tendências que, hoje, ditam o futuro da loja física no varejo. (Algumas delas já são realidade!)
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A volta do comércio no Brasil ajudou a dar fôlego ao varejo físico em 2021, que apresentou um crescimento de 10% no volume total de compras nas lojas físicas comparado a 2020. No final do ano passado, comparado com novembro e dezembro de 2020, o volume de compras em dezembro, mês do Natal, teve um aumento de 24%.
Ainda, de acordo com a quarta edição do Connected Shoppers Report, relatório da americana Salesforce, 82% do montante de US$ 23 trilhões em vendas ocorreram em locais físicos em 2020.
Você consegue perceber que os dados citados acima são a prova de que o varejo físico vem se recuperando de uma forma muito positiva? Então não faz sentido deixar a sua loja física de lado para focar apenas na online!
Futuro não tão distante
Apesar dos desafios atuais que os varejistas enfrentam, existem oportunidades não apenas para sobreviver, mas também para prosperar no ramo varejista. Porém, aproveitar essas oportunidades requer o entendimento de que as regras de um varejo pré-pandemia não se aplicarão mais no futuro da loja física.
As lojas físicas de varejo provavelmente continuarão a apresentar momentos significativos na jornada de compra do cliente.
Elas terão como objetivo atender às necessidades dos clientes no que diz respeito a entretenimento, envolvimento com o produto, atendimento, serviço e suporte. No entanto, talvez veremos essas necessidades sendo atendidas de novas maneiras.
Essas mudanças têm a ver justamente com a transformação do cliente, do que ele deseja e considera como uma experiência de compra ideal.
Quer entender melhor? Confira o que que vem por aí no que diz respeito ao futuro da loja física.
1- O varejo agora é omnichannel
Vivemos em um mundo híbrido, onde o online e o offline estão se fundindo cada vez mais. Novos canais tecnológicos de comunicação estão surgindo, um exemplo disso é a assistente virtual Alexa, além de outros dispositivos inteligentes.
Com essas mudanças, as máquinas se tornarão cada vez mais úteis para as pessoas, e, consequentemente, para os varejistas.
Já é uma realidade a tecnologia permitir que as empresas coletem dados e métricas em diferentes canais, o nome disso é Omnichannel.
Omnichannel é basicamente uma estratégia de conteúdo entre canais que as empresas e organizações usam para melhorar a experiência do usuário e conduzir melhores relacionamentos com seu público nos pontos de contato.
Oferecer uma experiência omnichannel para o cliente já é realidade e é cada vez mais necessário – o que certamente continuará sendo uma prática comum no futuro do varejo e irá abranger cada vez mais empresas.
Empresas como a gigante da moda Burberry fizeram muito progresso em direção a um mundo omnichannel. Se um cliente entrar em uma loja física da Burberry hoje, o sistema de computador da loja pode identificar os itens que o cliente visualizou online e até mesmo verificar seu histórico de compras anteriores. Incrível, não é?
Então, a reunião de diversos canais é uma tendência que já vem sendo realidade no futuro da loja física.
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Mas, para garantir uma verdadeira experiência omnichannel, não basta apenas conectar offline e online. É preciso integrar e oferecer a mesma experiência em todos os canais de vendas e comunicação da empresa e dar a opção do cliente consumir como e onde preferir!
Canais de mídia social, como WhatsApp, Twitter, Pinterest, Instagram, Facebook e até mesmo YouTube, desenvolveram botões de compra e diversos outros recursos de vendas para facilitar as transações.
Mas, independentemente de quais canais de comunicação e vendas serão mais utilizados no futuro, uma coisa é certa: todos seguirão conectados, garantindo uma experiência omnicanal para os consumidores do futuro do varejo.
2- Entrega por drone
Os drones de entrega certamente farão parte do futuro da loja física no varejo. E, ao que parece, um futuro nada distante.
Muitas empresas, como as de alimentos, já estão realizando testes com entregas por drones. A Amazon, gigante do e-commerce, vem desenvolvendo seu próprio projeto de drones de entrega desde 2016.
Eles achavam que começariam a operar em algumas cidades no final de 2019, mas, por problemas internos, foi em 2021 que a Amazon concluiu com sucesso sua primeira entrega de drone Prime Air, para dois clientes em Cambridge, no Reino Unido.
Embora ainda tenha sido um teste preliminar, a empresa deseja expandir seu sistema de entrega de drones mais cedo do que o previsto originalmente.
Os drones de entrega são capazes de manusear e automatizar o transporte em diferentes volumes, tudo sem intervenção humana.
As vantagens do envio automatizado para e-commerce são muitas. Confira alguns:
– Agilidade no tempo de entrega;
– Redução de custos de frete;
– Redução de acidentes;
– Diminuição do erro humano;
– Redução das emissões de CO2;
– Satisfação do cliente.
No momento, os drones estão sendo a opção mais comentada de veículos de carga automatizados. Mas os carros autônomos, que dirigem sozinhos, também compõem a lista de veículos de carga automatizados que devem se popularizar no futuro. A rede de pizzarias americana Domino’s, por exemplo, já começou a fazer entregas dessa forma em Houston, nos Estados Unidos.
Um dos maiores gigantes de fast food da Europa, Just Eat, fez uma parceria com a Starship Technologies. O objetivo é obter drones terrestres em movimento lento para entregar fast food. O drone é fixo com 6 câmeras e GPS para navegar pelas ruas do centro de Londres.
E recentemente no Brasil, o iFood, em parceria com a empresa Speedbird Aero, fez testes para entregas comerciais por drone. Assim, o iFood poderá realizar delivery de produtos em todo o território.
O drone poderá realizar entregas com cargas de até 2,5 kg em um raio de 3km, inclusive em ambientes urbanos, dentro das margens de segurança estabelecidas no projeto. A aeronave não tripulada não pode sobrevoar pessoas, respeitar alturas máximas e mínimas de operação e as condições meteorológicas.
3 AR/VR pode ajudar os clientes a tomar melhores decisões!
A Realidade Aumentada (AR) e Virtual (VR) poderão ser usados como ferramentas para comprimir a jornada do cliente em uma série de experiências simultâneas que ocorrem em um único momento.
Isso oferece uma nova maneira de os clientes fazerem perguntas e obterem mais informações sobre o que está sendo vendido do que era possível anteriormente. Assim, o risco é praticamente removido da compra e o cliente pode tomar melhores decisões em um futuro da loja física.
Vamos explicar melhor: por exemplo, uma marca pode implantar um anúncio por meio de canais sociais que conectam o consumidor a uma demonstração do produto feita em AR/VR. Em seguida, o consumidor pode optar por conversar com um bot para fazer perguntas. Isso conclui a fase de consideração da jornada do comprador e leva à compra. Tudo em um único momento.
Outro exemplo de realidade aumentada no varejo é a gigante francesa de cosméticos L’Oreal, que equipou seu grande time de representantes de vendas europeus com a tecnologia AR para o varejo. Com o auxílio desta tecnologia, os varejistas puderam ver exatamente como serão os expositores, produtos e outras mercadorias, totalmente visualizados em 3D.
A IKEA, varejista de móveis da Suécia, está trazendo a realidade virtual da fantasia para a realidade. Agora, os clientes podem usar seus fones de ouvido VR para se colocar em salas que foram totalmente renderizadas com móveis, que podem até ser personalizados (alterando a cor dos armários da cozinha, por exemplo). Ao usar a realidade virtual dessa maneira, os clientes podem ter uma ideia mais aprimorada e realista de como seria sua casa com produtos específicos da varejista, dando um novo significado para experimentar antes de comprar.
4- Sistemas PDVs
Além de vender produtos em lojas físicas, muitas vitrines agora oferecem serviços de compra on-line e retirada na loja (BOPIS), entrega no mesmo dia e envio on-line. Com tantas novas formas de encomendar mercadorias, os sistemas de ponto de venda precisam ser atualizados de forma inteligente.
Quando um cliente encomenda um produto online, como isso afeta a quantidade de vendas da loja no banco de dados? Se um produto estiver em espera para um pedido de retirada, isso reduz a contagem na área de vendas? Estas são todas as perguntas que um sistema PDV moderno deve ser capaz de responder.
Nem todas as empresas conseguiram sobreviver às mudanças impostas no varejo digital. No entanto, aqueles que conseguiram se adaptar a essas mudanças conseguiram prosperar.
A chave para isso é mais do que apenas ter sistemas para lidar com compras on-line e na loja física, mas um sistema unificado e conectado que se integra a outras tecnologias que a empresa usa.
A integração de transações, inventário e promoções online e offline em todos os locais pessoais e lojas online são alguns dos maiores obstáculos que os engenheiros de software procuram superar com o desenvolvimento de sistemas PDV para empresas de varejo.
O NLGV (Gestão de Vendas), solução PDV da NL Informática, foi desenvolvido para amenizar a complexidade e simplificar as operações do dia a dia do seu negócio, proporcionando aos consumidores a melhor experiência de compra. O sistema entrega agilidade por ser de fácil operação e pode ser configurado para operar conforme as demandas da empresa.
5- Redes de beacons
Uma rede de beacon, também conhecida como aplicativos Bluetooth Low Energy (BLE), permite que qualquer marca, varejista, aplicativo ou plataforma entenda exatamente onde um cliente está na loja física e, em seguida, entregue uma experiência personalizada a ele.
O Carrefour, a grande multinacional francesa, começou oficialmente a explorar a tecnologia beacon para tornar suas comunicações mais relevantes para seus clientes. A gigante equipou 28 de seus hipermercados na Romênia com tecnologia beacon. Isso significa uma melhor experiência de compra geral e ofertas e descontos individualizados para clientes fiéis.
Não desista da sua loja física, ela ainda é muito importante!
Sim, as pessoas estão consumindo cada vez mais online e isso é verdade. Mas esse comportamento não vai acabar com o futuro da loja física, pois não se trata apenas de preferência, mas também conveniência.
O consumidor faz a ação que parece mais fácil e prática naquele exato momento e continuará fazendo isso no futuro.
Por exemplo, se ele está andando na rua, passa por uma loja, vê uma jaqueta e gosta dela, ele vai querer entrar e comprá-la. Mas, se ele tem um compromisso justamente naquele horário, então ele pode optar por comprar ela no site da loja..
Ou o contrário: você pode preferir pesquisar jaquetas na internet, comprar online e depois retirar direto na loja física, reduzindo o tempo de espera e economizando no frete.
Por isso, o varejo físico e o digital devem estar conectados, garantindo uma excelente experiência ao consumidor, independente da escolha que ele fizer!
A conclusão que podemos ter com tudo isso é que, embora a tecnologia seja muito importante no futuro do varejo, ela não substituirá a loja física. Os clientes até podem não comprar na loja, mas as interações do mundo real com as marcas ainda serão altamente valorizadas. É a natureza dessas interações que provavelmente mudará o papel que a loja de varejo desempenha na jornada do cliente.
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