Cupons de desconto: uma maneira de “driblar” a crise
Estamos sentindo na pele os efeitos da crise econômica. Com a inflação subindo e os valores dos produtos e serviços mais altos, o consumo naturalmente está caindo e as empresas estão vendendo menos. Uma prática tradicional americana pode ser uma válvula de escape para enfrentar este momento de transformação: os cupons de desconto.
Historicamente, cupons costumam ganhar força em períodos nos quais a população encontra mais dificuldades para consumir. Nestes períodos, as vantagens de uso ficam mais nítidas, pois aumentam o poder aquisitivo das famílias e ajudam a manter um certo padrão de qualidade de vida.
Para se ter ideia, em 2013, 213 bilhões de cupons de desconto foram distribuídos nos Estados Unidos – a grande maioria deles por meio impresso, encartados em jornais ou revistas – e, desta soma, 2,8 bilhões foram utilizados. 92% dos norte-americanos usaram cupons de desconto em 2013, número que revela a eficiência da ferramenta, já enraizada na cultura estadunidense.
E no Brasil? Cerca de 20 anos atrás, foi feita uma tentativa da indústria em introduzir promoções neste sentido, que foi frustrada em função das altíssimas taxas de inflação e pela lentidão na compensação dos descontos.
O CEO do MeuCupom.com, Vitor Clemon, em recente entrevista ao portal de Tecnologia IDGNow!, salienta que a falta desta cultura é o maior entrave para o aumento de compras nesta modalidade no país. Segundo ele, mesmo os maiores consumidores de varejo não sabem ao certo como utilizar este recurso, o que freia também as vendas nas plataformas digitais. Pesquisa recente da plataforma online de cupons de descontos revela que apenas 8% das vendas do varejo envolvem cupons de desconto. Nos Estados Unidos esse percentual é de 50%.
A cuponagem, que é a prática de oferecer benefícios aos clientes através de cupons de desconto, é muito vantajosa para ambos os lados. Além de impulsionar vendas, ela ajuda a fidelizar clientes, criando hábitos de consumo e fortalecendo também a marca do varejista.
Com o grande aumento do número dispositivos móveis, o uso desta modalidade de compra subiu no Brasil, principalmente em função dos aplicativos. Só no país, existem mais de 150 milhões de smartphones ativos. Com o mobile, até aquele desconforto de ter de apresentar o cupom no ato da compra fica um pouco de lado.
As vantagens desta mudança são muitas: baixo custo de divulgação, personalização de ofertas (lembrando que as informações dos clientes ficam acessíveis, sendo uma excelente alternativa para BI), controle das campanhas de vendas, além de oferecer uma melhor experiência. Com os cupons, conhecemos mais o nosso cliente e temos mais ferramentas para melhor atendê-lo.