Autoatendimento no Varejo: Veja algumas novidades e tendências
Algumas tendências, viraram realidade e outras apenas se consolidaram. O varejo está em constante transformação e ainda é a aposta de muitos investidores.
Mas quais são as formas de trabalhar o autoatendimento no varejo físico? E qual o formato ideal para o meu segmento?
Existem respostas que só surgirão ao colocarmos em prática muito do que
já temos disponível em se tratando de tecnologia. E sua loja, já pensou nisso?
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Muitas respostas surgirão ao fazermos uso da tecnologia disponível a algum
tempo. Esta não vinha sendo aplicada por entender que o mercado não comportaria
tamanha transformação. Este comportamento vem mudando diante da situação atual
de mercado. E sua loja está adequada a essas mudanças? Já pensou nisso?
RFID
Não é nenhuma novidade, mas o seu uso tem se tornado mais frequente nos últimos anos e, com o advento da pandemia, tornou-se muito utilizado nas lojas autônomas. A RFID funciona como uma tecnologia complementar ao já conhecido código de barras, mas possui com mais recursos, capazes de transformar a maneira de se trabalhar. Ela entrega mais agilidade e velocidade aos processos que envolvem a identificação de objetos, como gerir inventários e vendas de grandes quantidades de produtos, assim como ajudar a reduzir desperdícios, evitar roubos e simplificar a logística dos materiais.
Enquanto um código de barras é limitado no armazenamento de informações sobre um determinado item, a RFID carrega um volume maior de dados.
Por exemplo, com base nos dados em uma etiqueta RFID, é possível saber quando uma camiseta foi produzida, foi vendida, quantas vezes ela foi provada antes de ser comprada e quem foi o cliente que a comprou. Até mesmo no pós-venda, é possível saber se o mesmo item voltou à loja para troca, cruzar com dados dos lotes comprados e ver quantas peças do mesmo lote tiveram problema.
Integração com o ambiente Virtual
A compra em loja física e em loja virtual são duas experiências distintas, o que faz com que, inúmeras vezes o cliente prefira uma à outra. A integração dos dois modais, é fundamental para que o cliente tenha satisfação, e isso nem sempre é uma operação simples. Conhecer bem a jornada do cliente, saber suas preferências com relação aos canais de venda, atendimento humanizado, se tem preferências por meio de pagamento, por tipos de produto e até mesmo se ele gosta de estar em uma loja física, podem dizer muito sobre como vai ser este atendimento, e já existem ferramentas que podem ser interessantes, como espelho inteligente, mapa de calor da loja, pesquisas nos canais de e-commerce e muitos outros meios que, se bem usados, tornam-se um diferencial competitivo.
Autoatendimento
Imagine uma loja física com apenas uma unidade de cada produto no seu mostruário. Isso pode tornar a frente da sua loja menor e sua operação de retaguarda maior. O autoatendimento veio para ficar e com ele, é possível olhar, tocar, provar e ter toda a experiência da loja física, em uma compra semivirtual.
Com ele, o cliente não precisa ter nenhum contato com vendedores ou atendentes, fazendo sua compra e pagamento de forma autônoma.
Basta bipar os produtos por app, que estes são carregados a uma sacola virtual e, em seguida, o cliente finaliza a compra e o pagamento, gerando um voucher para a retirada ali mesmo na loja.
Sem filas, com muita autonomia e sem perder a experiência de compra da loja física.
Self checkout
Filas no caixa podem ser um problema em grandes redes de varejo e nem sempre a loja tem espaço físico para disponibilizar mais guichês, além é claro, do custo com aumento de efetivos e uma série de outros detalhes que tornam a operação nada simples.
Há alternativas que permitem ao vendedor atender em qualquer ponto da loja, com o equipamento para o pagamento do cliente em mãos, seja com uma solução específica ou com o próprio celular. E, é claro, permitindo o pagamento via PIX, por QR Code ou chave de pagamento. Esta solução chama-se Venda Móvel.
Este dispositivo permite que a loja melhore seu aproveitamento de espaço e agilize o processo de atendimento ao cliente.
Além disso, a taxa de conversão de vendas aumenta ao minimizar as filas e a possibilidade de reavaliação da necessidade de compra até chegar ao caixa.
Lojas autônomas
O que era tendência virou realidade, ou por motivos de segurança e praticidade (quando instaladas em condomínios) ou por amplitude no horário de atendimento, já que estas lojas não possuem lei específica de funcionamento por horário.
Com experiências mais consolidadas no formato loja de conveniência ou mini mercado, este está sendo pensado também para outros modelos de operação como o de roupas, calçados e outros segmentos do varejo.
Embora tenha um número de itens reduzido, a questão é facilitar o acesso dos clientes aos produtos.
Algumas lojas de departamentos já têm feito testes em formato de Vending Machine, o que, se confirmada a demanda pelo tipo de serviço, deve migrar logo em seguida para loja autônoma.
E onde fica a parte humana?
Em todos os casos acima, há interferência humana se não diretamente no atendimento, em outros pontos da jornada de compra. Isso não elimina a loja como conhecemos hoje, apenas amplia os canais, formatos e gera novas experiências para clientes cada vez mais dispostos a experimentar tecnologias.
Pesquisas realizadas em 2019 apontavam que 79% dos consumidores preferem receber atendimento humanizado. É claro que muita coisa mudou de lá para cá, mas o que ocorreu foi uma ampliação de possibilidades, fazendo com que a loja física possa sempre ser o diferencial quando falamos de experiência real.