Pagamento por QR Code: um futuro próximo
Código QR (sigla do inglês Quick Response ou resposta rápida em tradução literal) é um código de barras simples de usar, mas tecnologicamente avançado. Sua função é direcionar o scanner para um determinado destino online em segundos. Devido a sua simplicidade e agilidade, não é de se estranhar que o pagamento por QR Code venha ganhando destaque nos últimos anos.
Para você ter uma ideia, em 2016, somente na China as transações financeiras utilizando QR Code movimentaram cerca 1,65 trilhão de dólares.
Além disso, um estudo realizado pela Jupter Research estima que até 2022, o volume anual de transações utilizando esse método no mundo chegará a 5,3 bilhões ante a 1,3 bilhões em 2017.
Mas, afinal, o pagamento por QR Code é um futuro próximo? Continue a leitura para descobrir.
Pagamento por QR Code: Uma tendência vinda da Ásia
As economias asiáticas ultrapassaram os mercados supostamente mais avançados no número e no valor das transações móveis e tudo isso graças ao QR Code. Criado no início dos anos 1990 para rastrear veículos no ciclo de fabricação, os códigos Quick Response rapidamente se espalharam, mas foram considerados quase extintos até serem adotados pelas gigantes de pagamento asiáticas AliPay e WeChat.
Ambas as empresas escolheram os códigos QR como uma maneira fácil de permitir pagamentos “sem dinheiro”. Com essa tecnologia, basta escanear um código para efetuar o pagamento. Além de prático, rápido e seguro, esse modelo de pagamento pode ser implementado em qualquer tipo de negócio, desde um vendedor de rua até grandes lojas varejistas.
Um futuro sem dinheiro
Embora os mercados asiáticos tivessem taxas de uso de dinheiro muito maiores do que a Europa e os Estados Unidos, onde os cartões de débito e crédito são mais comuns, a mudança para pagamentos móveis tem sido muito mais rápida no Oriente.
Em contraste, QR Codes tem lutado para decolar na América. Contudo, com a popularização dos smartphones e da internet móvel, a tendência que isso ocorra já nos próximos anos.
Para você ter uma ideia, o Brasil conta com mais de 230 milhões de smartphones em uso. Isso foi o que revelou a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP).
Além disso, segundo a Federação Nacional dos Bancos (Febraban), a quantidade de transações com movimentações financeiras por celular aumentou 80% em 2018. Esse dado demonstra a predisposição dos consumidores a realizar, cada vez mais, suas transações financeiras em dispositivos móveis.
No mercado norte americano, a adoção bem sucedida do pagamento por QR Code por gigantes varejistas como Walmart e Starbucks vem ditando a tendência de um novo mercado de meios de pagamento.
Além disso, em todo o mundo, os países querem se mudar para uma economia cada vez mais sem dinheiro físico e sem cartões. Essa mudança de comportamento é incentivada, principalmente, para evitar fraudes e falsificação. Os pagamentos móveis, nesse sentido, são os principais facilitadores.
Simples e conveniente
A simplicidade desta tecnologia é o que atrai muitos consumidores. Em vez de se atrapalhar com dinheiro, ter dificuldade com troco ou procurar o cartão correto, os QR Codes levam o pagador diretamente à página adequada, permitindo que paguem com dados já salvos em seu telefone ou insiram novas informações de pagamento. Esse processo leva apenas alguns segundos.
QR Codes também ajudam a garantir pagamentos online seguros. Nos dias de hoje, esse é um dos aspectos que mais chamam a atenção dos usuários. Os hackers estão sempre à procura de dados valiosos – especialmente informações de cartão de crédito.
O pagamento por QR Code permite que os dados confidenciais permaneçam no dispositivo privado. A transação ocorre diretamente na página da instituição financeira do comerciante, dificultando o acesso dos hackers às informações.
Vantagens do QR Code frente a outras tecnologias
Como vimos, o pagamento por QR Code oferece muitos benefícios quando comparados a outros métodos tradicionais. No entanto, ele enfrenta a concorrência de outras tecnologias.
Uma das principais é o método baseado em Near-Field Communication (NFC), que empresas como a Apple e o Google implementaram na Europa e nos Estados Unidos. No entanto, essa tecnologia depende de terminais habilitados no ponto-de-venda, e nem todos os smartphones contam com esse recurso. O resultado é que a disponibilidade de NFC é esporádica.
Os QR Codes, por outro lado, nem precisam de uma conexão com a Internet para operar, e quase qualquer telefone pode lê-los. A Apple, por exemplo, desde sua atualização iOS 11 de 2017, permite que as câmeras de seus aparelhos leiam QR Codes, eliminando a necessidade de um aplicativo de digitalização de terceiros. Esses fatos estão contribuindo para um aumento contínuo dos meios de pagamentos baseados nessa tecnologia.