Economia compartilhada: não há mais volta

Economia compartilhada: não há mais volta

Estamos acompanhando o crescimento de um mundo no qual cada vez mais as pessoas têm facilidade para partilhar. Esta tendência, a qual muitos especialistas defendem que não há mais volta, chama-se economia compartilhada.

O aumento da população urbana intensifica a necessidade de otimizar recursos e isso cria a possibilidade de avaliação dos serviços/produtos pelos usuários. Quanto mais as cidades crescem, mais o senso de coletividade aflora e os benefícios são enxergados pelo viés social, em vez do individual.

Exemplos não faltam: Airbnb, Uber, Waze, bicicletas do Itaú. A economia compartilhada emerge e se desenvolve quando as pessoas têm confiança umas nas outras. A partir disso, os meios econômicos mais tradicionais precisam se adaptar às mudanças e entender as novas regras desse jogo.

Em entrevista para o jornal Zero Hora em agosto deste ano, o economista Oswaldo Oliveira, uma das maiores autoridades do país em economia na web, garante: “Hoje pode parecer exagero, mas estamos vivendo o início de uma revolução sem precedentes na história humana. Daqui a cinco anos, com tantas alterações na forma de consumir e trabalhar, não vamos reconhecer o mundo da forma como existe hoje. ”

O maior desafio (e argumento de quem é contra) é a regulamentação. Por vezes, algumas de suas características podem até mesmo ferir a legislação, deixando o usuário desprotegido, à margem do Código de Defesa do Consumidor, por exemplo (CDC). Assuntos como este, por ora, não passam nem perto da pauta do Congresso. Mas, como Darwin ensina: ‘nada se cria, tudo se transforma’. A economia compartilhada caminha para a frente e ela vai reformatar e, em alguns casos até destruir, leis e códigos de Direito que foram pensados em outro momento histórico.

A internet é a grande catalisadora de todo este movimento e cresce exponencialmente devido às facilidades de acesso, principalmente via mobile – os smartphones representaram 92,5% de todos os aparelhos vendidos no Brasil no período de janeiro a abril deste ano, segundo dados do IDC.

O mobile, em conjunto com as sucessivas crises econômicas que diminuem o poder aquisitivo das pessoas, contribuiu para o redesenho desse cenário envolvendo consumidores e cidadãos. Isso faz com QUE novos hábitos, atitudes e comportamentos no mercado virem realidade.

Os usuários têm cada vez mais poder de decisão. O cliente não escolhe mais um produto somente na hora da compra, ele também influencia o próprio desenvolvimento dele. A tendência, nesta era de compartilhamentos, é, cada vez mais, termos dificuldade em dissociar consumidor de criador.

Se você tem uma empresa, já está mais do que na hora de se aliar em vez de brigar com a economia compartilhada. O amadurecimento dela é só uma questão de tempo.

Se você tem uma empresa, já está mais do na hora de se aliar do que brigar contra a economia compartilhada. O amadurecimento dela é só uma questão de tempo.