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CMV: Entenda o que é e como calcular

CMV

CMV: Entenda o que é e como calcular

O Custo da Mercadoria Vendida (CMV) é um cálculo gerencial muito importante para as empresas do varejo. De forma simplificada, ele representa a quantia que a empresa gastou em estoque referente aos produtos que foram vendidos em determinado período.

Logo, essa métrica, além de ser fundamental para a empresa apurar o resultado do período, ela também serve como base para encontrar outros indicadores, como margem de contribuição.

Não é exagero dizer que o cálculo correto do CMV é essencial para uma boa gestão de estoque, uma vez que ele também influi diretamente na precificação dos produtos. Por isso, os gestores devem dispensar atenção a esse processo.

Continue a leitura para saber um pouco mais sobre o CMV e também para descobrir como calculá-lo corretamente!

O que é CMV?

Como dito anteriormente, o CMV representa o custo das mercadorias vendidas em um determinado período, calculado de acordo com o preço de aquisição. Considere o exemplo a seguir para entender melhor:

Considere que a empresa varejista XYZ comprou 10 produtos A ao custo total de R$ 80,00 e 15 produtos B ao custo total de R$ 300,00. Considere ainda que, em um determinado período, a empresa vendeu 5 produtos A e 8 produtos B. Neste caso, temos o seguinte:

Entradas:

10 produtos A ao custo de R$ 80, ou seja, custo unitário de R$ 8

15 produtos B ao custo de R$ 300, ou seja, custo unitário de R$ 20

O CMV representa o custo dos itens vendidos, então temos:

Saídas:

5 produtos A ao custo unitário de R$ 8, o que totaliza R$ 40

8 produtos B ao custo unitário de R$ 20, o que totaliza R$ 160.

Dessa forma, o nosso CMV neste exemplo é igual a R$ 200.

Como você pode ver, o CMV representa quanto o total dos produtos vendidos custaram à empresa. Obviamente, o preço de venda deve ser superior ao CMV, uma vez que a empresa precisa “cobrir” todos os custos de sua operação e ainda gerar lucro.

Analisando o nosso exemplo, o cálculo pode parecer muito fácil, mas apenas parece. Considere que no dia a dia de uma empresa, ela pode realizar diversas compras de produtos para estoque, de diferentes fornecedores a diferentes preços. Considere ainda que as empresas os preços de um mesmo produto pode variar de um dia para o outro. Assim, não é difícil perceber como essa atividade pode se tornar muito complexa.

Como calcular o CMV de forma efetiva?

Existe uma fórmula matemática que ajuda a calcular o CMV de forma rápida e fácil:

CMV = Estoque inicial + compras do período – estoque final

Considere o seguinte exemplo:

Uma empresa XYZ, no dia 1 de janeiro tinha um valor total de estoque em R$ 28.000,00. Em 31 de dezembro do mesmo ano, seu estoque era de R$ 32.000. Segundo os relatórios de estoque desta empresa, nesse período foi registrado um total de R$ 180.000 de compras de itens de estoque. O cálculo do CMV deste período então fica assim:

Estoque inicial + compras – estoque final =

28.000 + 180.00 – 32.000 = 176.000

Ou seja, R$ 4.000 de compras efetuadas no período não foram vendidas, por isso o estoque aumentou.

Como você pode ver, o cálculo em si não é difícil, no entanto há diversos fatores envolvidos que podem causar diversos erros. O principal deles é a valorização do estoque.

Como funciona a valorização do estoque?

A valorização de estoque nada mais é do que a forma como uma empresa calcula o custo unitário de cada produto. A legislação brasileira permite a utilização de duas formas distintas de valorizar o estoque, no entanto, existem outras que podem ser utilizadas para fins gerenciais. Os dois métodos permitidos para fins contábeis são:

Média Ponderada:

Esse é o método mais utilizado e também considerado o mais fácil por muitos gestores. Nela, a cada nova entrada de estoque, é feito a soma dos valores e, em seguida a divisão pela quantidade total para encontrar o preço unitário. Confira um exemplo:

No dia 1 de junho a empresa XPTO adquire 100 unidades de um novo produto que foi lançado no mercado ao preço total de R$ 1.800,00 reais, ou seja, R$ 18,00 a unidade. Passado 1 mês a empresa efetua a venda de 80 unidades. Então, ao final desse período temos o seguinte:

Total em estoque: 20 unidades ao custo de R$18,00, o que totaliza R$ 360,00

CMV: 1.440 (80 unidades vendidas ao custo de R$ 18,00).

No dia 1 de julho a empresa decide comprar mais 100 unidades. No entanto, o fornecedor aumentou o preço para R$ 20,00 a unidade. Logo, o custo total será de R$ 2.000,00. Ao final do mês, a empresa vende a mesma quantidade de produtos (80), então temos as seguintes transações:

Estoque inicial: 20 unidades a R$ 18,00 = R$ 360,00

Compras: 100 unidades a R$ 20,00 = 2.000,00

Total de estoque no início do período: 120 unidades que totalizam R$ 2.360. Pelo método da média ponderada temos um custo unitário de 19,66.

Como houve uma venda de 80 unidades, o CMV deste período será R$ 19,66 vezes 80 unidades, o que totaliza R$ 1.573,33.

PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai

O outro método permitido é o PEPS e, nele, é mantido o custo histórico de cada produto. Ou seja, a entrada de novas compras não altera o custo unitário, como acontece na média ponderada.

Considere o mesmo exemplo utilizado anteriormente. No primeiro mês, não há nenhuma mudança, visto que não havia esse produto em estoque. No entanto, no segundo mês temos a seguinte situação:

Estoque inicial: 20 unidades a R$ 18,00 = R$ 360,00

Compras: 100 unidades a R$ 20,00 = 2.000,00

Venda de 80 unidades. Então, temos o seguinte cálculo do CMV:

Saída de 20 itens custando R$ 18,00 = 360,00

Saída de 60 itens custando R$ 20,00 = 1.200,00

Logo, o CMV é de 360 + 1.200 = 1.560.

Embora o PEPS seja um modelo menos utilizado, ele faz sentido para algumas empresas, principalmente para aqueles que trabalham com produtos perecíveis.

Como você pode observar, neste exercício simples notamos uma diferença significativa entre os dois modelos. Em uma situação real, com muitas transações diárias, o impacto da escolha do método de custeio de estoque é altamente  relevante.

Como não errar o cálculo do CMV?

Independentemente do método de custeio de estoque escolhido, é muito importante para as empresas garantir o cálculo correto do CMV. Esse indicador tem impacto direto na apuração do resultado e, assim sendo, influencia diversas decisões gerenciais.

Além disso, o cálculo errado do CMV pode ter até mesmo consequências legais, pois ele impacta diretamente no cálculo de impostos sobre o lucro. Dessa forma, sua empresa pode efetuar pagamentos de tributos a maior ou a menor, sendo que neste último caso, ela pode vir a ser enquadrada no crime de sonegação de impostos em uma eventual fiscalização.

Por isso, é de extrema importância automatizar o cálculo do CMV por meio de sistemas de gestão confiáveis, como o NLGestão.

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