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Restaurantes corporativos: mudanças para ficar de olho

restaurante corporativo

Restaurantes corporativos: mudanças para ficar de olho

Com as restrições impostas pela pandemia e o distanciamento social necessário ao seu combate muitas empresas foram afetadas nas suas funções do dia-a-dia. No setor alimentício não foi diferente e foram criadas uma série de normas e cuidados que podem permanecer por algum tempo, no período de adaptação e que certamente, vieram para ficar. 

No entanto, mudanças relacionadas à higiene e à segurança alimentar não são as únicas novidades no setor. 

Empresas como a Sodexo, líder global em Food Services, Sapore, líder em restaurantes corporativos na América Latina, e a Liv Up, que vende marmitas saudáveis, por exemplo, já estudavam oportunidades de inovação e, mesmo durante a pandemia, puderam avançar.

Observando alguns desses exemplos e o cenário em geral, trazemos para você este artigo. Ao longo do texto, você conhecerá algumas iniciativas e esperamos que possa ter alguns insights interessantes que te ajudem a adaptar o seu restaurante ao novo cenário.

Uso de soluções tecnológicas

A tecnologia está no centro de grande parte das inovações atuais no mundo dos negócios e algumas soluções atendem ao mercado de refeições coletivas.

A Sodexo, passou a disputar um novo nicho de atuação no Brasil: delivery de refeições, com foco no consumidor final.

Nas semanas de teste a empresa entregou mais de mil refeições nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. O projeto prevê parcerias com aplicativos de entrega e a empresa já possui uma parceria com o Rappi, além de estar em conversas com outras plataformas.

A estratégia é voltada exclusivamente a pedidos online, numa espécie de “coworking” com compartilhamentos de espações de produção num sistema de “cloud kitchen”.

A ideia da Sodexo é utilizar a estrutura que antes atendia exclusivamente o mercado corporativo, passar a atender também o consumidor final. A expectativa do grupo é que a rede de cloud kitchen com foco no consumidor final, amplie em 50% a produção já existente nas cozinhas.

A Sapore, por exemplo, com o objetivo de se adaptar ao movimento de transformação digital, tem feitos várias aquisições e investimentos em empresas satélites (de logística, gestão e serviços de Delivery, por exemplo).

Além de ter mais fontes de renda, a empresa pretende focar apenas em suas operações e vendas.

Outra iniciativa interessante é a utilização de equipamentos que aumentam a eficiência na produção dos alimentos.

As cozinhas inteligentes, como são chamadas, ajudam a reduzir, ainda, o custo de produção, a conta de energia e o desperdício, mas mantém o sabor, a uniformidade e a qualidade dos alimentos.

Vale a pena, ainda, observar empresas que não são exatamente restaurantes corporativos, mas que podem ser concorrentes.

A Liv Up, por exemplo, permite que o cliente escolha e faça seus pedidos por meio de um aplicativo em suas geladeiras corporativas com marmitas saudáveis.

A solução facilita o dia a dia, pois o cliente não precisa ir ao refeitório e pode conter opções melhores ao seu paladar.

Quais mudanças você pode implementar em seu restaurante corporativo para competir com esse modelo de negócio?

Investir em uma solução semelhante parece ser uma opção. Considere a possibilidade de aceitar pedidos agendados para coleta do prato na cozinha ou entregar a refeição na estação de trabalho dos seus clientes.

Uma solução como essa pode ser muito interessante diante da necessidade do distanciamento social.

Utilizar um sistema gerencial, naturalmente, também é importante. Você precisa, afinal, entender a influência das mudanças nos resultados financeiros.

Se você quiser saber mais sobre gestão de restaurantes corporativos, confira este artigo com 5 dicas.

Atenção às demandas sustentáveis

Investir em ações sustentáveis é demonstrar cuidado com o público e com a sociedade e restaurantes corporativos podem fazer isso de diferentes maneiras.

Uma das tendências que se apresentam na sociedade é reduzir o uso de plásticos descartáveis, como sacolas, copos e canudos.

Já há legislação que apoie esses movimentos em cidades como São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. No entanto, mesmo que a lei não estimule, considere incentivar a redução.

Ainda que você não possa deixar de disponibilizar esses produtos, considere criar campanhas de conscientização.

A sustentabilidade em restaurantes corporativos também pode ser praticada na seleção dos alimentos.

É uma tendência que o consumidor se interesse pela origem da sua comida e deseje alimentos saudáveis, orgânicos e sem origem animal e essas preferências podem se apresentar nas empresas.

A Sodexo, por exemplo tem uma série de ações neste sentido, e, abaixo listamos algumas delas:


Linha de produtos descartáveis biodegradáveis

A Sodexo oferece aos seus clientes uma linha alternativa de produtos descartáveis 100% biodegradáveis, são: canudos, copos de papel, mexedores, talheres e utensílio de madeira e bambu, embalagens de amido de milho, bagaço de cana e palha de palmeira.

Cartões Sodexo

Todos os cartões de benefícios e incentivos são produzidos a partir de matéria prima de PVC (Policloreto de Vinila) reciclável.

Coleta de óleo

A Sodexo faz a destinação correta do óleo de cozinha em suas operações. Empresas parceiras licenciadas fazem a coleta do resíduo que é transformado em biodiesel (combustível renovável) e sabão.

Segunda Saudável

O programa acontece toda terceira segunda-feira de cada mês. Neste dia, as refeições não possuem carne vermelha. É uma forma de fomentar o consumo consciente de carne e a preservação do meio ambiente.

Instituto STOP Hunger Brasil

Anualmente, o STOP Hunger realiza a Servathon, a maratona mundial que tem o objetivo de combater a fome e a má nutrição por meio do voluntariado e da doação de alimentos.

Em 2018 foram 216,4 toneladas de alimentos arrecadados, o equivalente a mais de 433 mil refeições prontas, em benefício de 233 Instituições de diversas regiões do Brasil. 

O instituto também lidera o Horta na Laje, que promove a capacitação de jovens e mulheres em técnicas de plantio no vaso, para que possam desenvolvê-las em suas casas, utilizando as hortaliças para a melhoria da condição nutricional da família ou como fonte de renda.

A ação conta com o apoio da Associação das Mulheres de Paraisópolis, do Instituto Escola do Povo e da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis. Ao longo do primeiro ano, foram distribuídos centenas de insumos produzidos na horta e 1,3 mil cartilhas para incentivar o cultivo da horta em vaso.

Já a  Sapore criou uma horta orgânica para atender a mais de 5.000 colaboradores de uma fábrica da Gerdau e já está nos planos da empresa incluir no cardápio comidas sem sal comum e açúcar refinado.

A Liv Up também é um exemplo interessante, pois, suas marmitas saudáveis incluem alimentos orgânicos de produtores locais.

Ainda que você não possa criar uma horta orgânica, portanto, vale a pena considerar a agricultura familiar.

As mudanças nos restaurantes corporativos, em razão da sustentabilidade, ainda envolvem medidas para reduzir ou zerar o desperdício de alimentos.

As iniciativas incluem métodos de preservação para conservar a comida por mais tempo, como a técnica sous vide, e a utilização de equipamentos para uma melhor gestão de resíduos, como uma solução que promete transformar resíduos orgânicos em água.

Ampliação da rede de atendimento

Os aplicativos de entrega, como o Uber Eats e o iFood, cresceram muito, acompanhando as inovações tecnológicas.

Durante a pandemia, com o fechamento de restaurantes comerciais, essa foi uma das poucas opções para muitos consumidores que queriam ter acesso a refeições prontas e, portanto, a demanda foi interessante.

Essa não é uma área de atuação para restaurantes corporativos. No entanto, ampliar a rede de atendimento pode ser uma maneira interessante de aumentar a receita sem investir em novas instalações.

É o que fez a Sapore ao se aliar ao Uber Eats. A parceria permitiu que o aplicativo pudesse oferecer almoços da semana a preços acessíveis.

É importante, portanto, acompanhar esse movimento e estudar maneiras de se adaptar, pois isso pode ser necessário para manter a competitividade da empresa.

Mais cuidado com a segurança alimentar

Você sabe que a segurança alimentar não pode faltar em nenhum restaurante e, provavelmente, sempre foi assim na sua empresa.

No entanto, com ampliação destes cuidados,  é uma boa ideia fazer com que o público entenda as iniciativas.

Além de garantir o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), é preciso atender às exigências dos protocolos de segurança e higienização.

Assegure a limpeza constante, o distanciamento entre pessoas, a limitação na capacidade máxima de atendimento (o que pode exigir mais escalas nos horários de refeição) e a proteção dos alimentos.

Você provavelmente terá que disponibilizar álcool em gel, medir a temperatura do cliente na entrada do restaurante e solicitar o uso da máscara.

No entanto, considere, ainda, trocar os utensílios com frequência e disponibilizar colaboradores para servir a refeição.

Esperamos que o artigo tenha ajudado a gerar algumas ideias de como inovar e se adaptar neste momento. Algumas das mudanças nos restaurantes corporativos que apresentamos estão relacionadas diretamente à segurança alimentar, outras a soluções tecnológicas e outras não estão diretamente ligadas ao setor.

No entanto, é importante analisar as inovações que estão surgindo no mercado, pois, no longo prazo, as novidades podem ser uma ameaça a sua empresa.

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Com sede em Caxias do Sul – RS e escritório em São Paulo – SP, a NL atende a clientes de todo o país. A carteira soma mais de 25 mil usuários em mais de 9 mil PDVs ativos, com cerca de 180 mil NFs geradas mensalmente, e inclui nomes como Lojas Marisa, Grupo Grazziotin, Flavio’s, Top Internacional, Pittol e Sodexo, entre diversos outros cases de sucesso.

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