Pesquisa revela os hábitos dos consumidores de Food Service
Recentemente, a consultoria empresarial Gouvêa e Souza, em parceria com o NPD Group, lançou a pesquisa CREST no Brasil. Trata-se do maior e mais completo estudo sobre o segmento de Food Service, já tradicional em 12 países, realizado nos Estados Unidos há mais de 40 anos.
O ano de 2015 marca um crescimento do setor. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), as vendas da indústria para o canal de Food Service (alimentação fora do lar) avançaram 12,4% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2014. Este mercado vem alcançando cifras significativas e somente em 2014 registrou alta de 13,6%, faturando R$ 132,5 bilhões.
Por meio de um tracking com quase 75 mil consumidores entrevistados durante um ano em todo o Brasil, o estudo utiliza a metodologia com certificação CREST, uma das mais robustas e reconhecidas do mundo. Este é o referencial analítico que empresas como McDonald’s, Coca-Cola, Unilever, Subway, Heinz, entre outras, lançam mão para desenhar seu planejamento estratégico.
A pesquisa, iniciativa pioneira no país, revelou dados interessantes sobre o padrão do consumidor de Food Service do Brasil. A informação mais valiosa é que o cliente escolhe o local de acordo com o seu momento de consumo, e também como cada operador se posiciona de acordo com as suas necessidades. O fator decisivo na tomada de decisão ao escolher o varejo é a conveniência, com o preço aparecendo como um quesito de menor importância.
O grosso da participação no segmento fica com os consumidores na faixa de 18 a 34 anos. Este grupo detém a maior taxa de tráfego e de gasto no segmento, pois, em sua maioria faz parte da População Economicamente Ativa e tem como hábito fazer refeições nestes estabelecimentos, já que costuma estudar e trabalhar fora de casa.
Tanto os segmentos de serviço completo (restaurantes com menu, mesas…) e de varejo (conveniências, hiper e supermercados) têm participações equivalentes no mercado. Apesar dos estabelecimentos de serviço completo apresentarem um ticket médio mais alto, a representatividade do varejo é muito grande, revelando uma excelente oportunidade para empreendedores.
Em geral, é fundamental entender o funcionamento do setor. Quanto mais informações os comerciantes tiverem a respeito de seu mercado consumidor, melhor eles poderão atender às demandas e prestar serviços de maior qualidade. A chave do sucesso é atender o cliente da forma que ele precisa.
Dados importantes:
- 26% do tráfego de pessoas no Food Service é no almoço e 23% é no lanche da tarde;
- Apenas 26% das pessoas compraram uma comida ou bebida preparada fora do lar no dia anterior. Ou seja: índice de penetração ainda aquém do seu potencial;
- Fast foods representam um pouco menos de metade do tráfego de consumidores e dentro desse segmento o formato mais representativo ainda é o tradicional (padarias, lanchonetes, vendedores, etc). Já o formato que chamamos de fast food moderno (onde está a maioria das principais redes) representa 22% desse segmento, enquanto o formato casual (modelo de restaurantes por quilo) tem 16% do tráfego;
- Das cinco grandes redes de restaurantes no Brasil analisadas pela pesquisa, os momentos de maior consumo são: para uma delas o almoço representa 45% do tráfego (contra a média de 22% dos concorrentes); já outra rede tem 53% do seu tráfego no lanche da tarde (contra a média de 28% dos concorrentes); e, por fim, uma terceira rede tem 31% do tráfego no jantar (contra média de 12% dos concorrentes).